REVIEW: Raven – “Metal City” (2020)

 


Raven – “Metal City”

Lançado em 18 de setembro de 2020

Shinigami Records – NAC. – 38min


Os irmãos Gallagher – que não são o Liam e o Noel – estão de volta! John (vocais e baixo), Mark (guitarra) e o estreante Mike Heller (bateria) viram personagens de história em quadrinhos neste “Metal City”, o décimo quarto álbum de estúdio de um dos pioneiros da New Wave Of British Heavy Metal. Na capa, assinada pelo artista Alan Robinson, o trio se autodenomina “the wildest band in the world” – a “hottest” todos nós sabemos qual é, certo? –, e no encarte, ilustrado entre outros pelo excelente Shawn McCauley, vemos os três dotados de superpoderes em situações que vão desde o combate a um cientista louco meio Doutor Eggman – ou Robotinik, dependendo de com qual idade você descobriu a franquia Sonic the Hedgehog – até um voo espacial no melhor estilo Quarteto Fantástico desfalcado. 


Musicalmente, a fórmula segue inalterada, com andamentos velocíssimos ao melhor estilo “sai da frente”, totalizando pouco mais de 38 minutos de perder o fôlego que ao vivo seriam convertidos numa atualização de definições do conceito de roda de pogo. As letras pregam o resultado dos anos de estrada somados às lições obtidas com a indústria fonográfica, a quem atribuem, entre outros papeis vilanescos, o de agente sabotador em “Top of the Mountain” e o trapaceiro por trás dos dados viciados em “Break”. Quem também protagoniza uma das letras é Lemmy Kilmister (1945-2015). O líder do Motörhead é o homenageado de “Motorheadin’”, música que põe uma faca no nosso pescoço enquanto ordena, “pisa fundo!”.


Para manter orçamento, cronograma e, sobretudo, identidade, o veterano Michael Wagener é quem assina a produção. E por mais que o estilo seja cem por cento britânico, o grosso do material foi gravado num estúdio em Nashville, Tennessee; algo impensável e inacessível quase quatro décadas atrás. Tire os móveis da sala e ouça no volume máximo.


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