RESENHA: Triumph – “Surveillance” (Relançamento 2021)


Triumph – “Surveillance”

Lançado originalmente em 27 de julho de 1987

Hellion Records – NAC. – 45min


Sexto título do catálogo do Triumph a ser lançado em CD no Brasil pela Hellion Records, “Surveillance” levou seis meses para ser gravado e foi o último a contar com o guitarrista Rik Emmett — substituído por Phil X no derradeiro “Edge of Excess” (1992) — até seu retorno à banda em 2008. O nono álbum de estúdio dos canadenses foi também seu trabalho que mais contou com ajudinhas de fora: do âncora da Fox News John David Roberts (responsável pelo noticiário em “Carry on the Flame”) ao futuro Deep Purple Steve Morse (violão em “All the King’s Horses”, da qual também é coautor, e guitarra em “Headed for Nowhere”), entre muitos outros. 


No decorrer das doze músicas — incluindo três que não passam de vinhetas —, Emmett, Mike Levine e Gil Moore tanto optam por um direcionamento mais comercial, praticamente renegando as raízes progressivas, quanto abraçam as tecnologias que viraram a cabeça e tiraram do sério seus compatriotas do Rush e do Saga e até mesmo do britânico Judas Priest na fase “Turbo” (1986): samplings e guitarras sintetizadas. Daí o som pasteurizado que conversa tão bem com o visual mullets com laquê + paletó do Didi apresentado no clipe de “Never Say Never”.


Singles foram três: “Long Time Gone”, “Let the Light (Shine on Me)” e a já citada “Never Say Never”. Em comum entre eles, além da qualidade na composição e do gabarito na execução, apenas o fato de terem passado batido por um público cujo imaginário já pertencia às chamadas hairbands. Por fim, qualquer semelhança entre “Running in the Night” e “Go”, lançada pelo Signal em “Loud & Clear” (1989), não é mera coincidência: trata-se da mesma música com dois títulos diferentes. Great (Erik) Scott!


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