RESENHA: Axel Rudi Pell – “Diamonds Unlocked II” (2021)



Axel Rudi Pell – “Diamonds Unlocked II”

Lançado em 30 de julho de 2021

Shinigami Records – NAC. – 50min


A pandemia — e com ela a impossibilidade de cair na estrada — fez Axel Rudi Pell adiar o lançamento de um novo álbum de inéditas. Como paliativo, o guitarrista reuniu sua banda — Johnny Gioeli (vocais), Ferdy Doernberg (teclados), Volker Krawczak (baixo) e Bobby Rondinelli (bateria) — e deu sequência a “Diamonds Unlocked”, fabuloso disco de covers lançado em 2007. Trazendo para a música uma máxima do cinema, “nada se compara ao original”.


Por mais brilhante que seja a continuação, o frescor do volume um é incomparável e inatingível. Soma-se a isso o fato de Pell ter optado por um repertório pouco estelar, opaco quando comparado ao de seu antecessor. Se na primeira empreitada tínhamos KISS, The Who e até mesmo U2 — uma versão incrível de “Beautiful Day” —, neste agora os números mais conhecidos são “Paint It Black”, dos Rolling Stones, e “Lady of the Lake”, do Rainbow. 


Em outro paralelo ao CD de catorze anos atrás, o guitarrista escolhe a dedo alguns sons fora do rock e os converte em hinos de sangue headbanger. Se em 2007, as recrutadas de veia mais pop foram “In the Air Tonight” (Phil Collins) e “Like a Child Again” (The Mission), em 2021 temos Paul Anka (“She’s a Lady”), Chris Norman (“Sarah”) e Abba (“Eagle”), que encerra a peleja nos deixando com saudade do volume um, ansiosos pelo novo álbum de inéditas do guitarrista e na torcida para que, em caso de um volume três, o repertório seja mais bem-selecionado.



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