ENTREVISTA: Erik Danielsson (Watain) recorda o passado e revela seu ecletismo musical

 


Recentemente, tive a oportunidade de participar de uma entrevista coletiva com Erik Danielsson. O líder do Watain falou sobre “The Agony & Ecstasy Of Watain”, sétimo trabalho de estúdio do grupo, lançado dia 29 de abril pela Nuclear Blast Records, com distribuição no Brasil pela Shinigami Records. Confira abaixo as perguntas que fiz para ele:


Transcrição: Leonardo Bondioli

Fotos: facebook.com/watainofficial 


Marcelo Vieira: Oi Erik. Antes de mais nada, parabéns pelo novo álbum. Gostaria de fazer duas perguntas mais gerais sobre a sua trajetória. Primeiro, gostaria de saber se você se lembra do momento exato em que decidiu seguir carreira na música.


Erik Danielsson: Nos primeiros cinco anos de Watain eu trabalhava numa fábrica. Foi o Jon Nödtveidt do Dissection que me fez pedir demissão. [Risos.] Ele perguntou se eu toparia tocar o baixo em três shows do Dissection, mas disse que se eu topasse, deveria largar meu emprego e me dedicar exclusivamente a isso. Foi uma proposta impossível de recusar porque o Dissection é uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos, e o convite veio em um ponto da minha vida em que eu já me via fazendo algo bem diferente do que a maioria das pessoas, como estudar ou correr atrás de um emprego sério. 


Foi nessa altura da minha vida que percebi que esse não seria o meu futuro, que não era para mim. Respeito as pessoas que trabalham, mas senti que meu destino era criar; dar aos outros aquilo que crio. Foi quando decidi que esse seria meu legado, que essa seria minha contribuição; por meio da arte, da criatividade. Então larguei meu emprego e desde então venho me dedicando exclusivamente à música.





MV: Agora me diga, quais artistas ou bandas seus fãs ficariam surpresos de saber que você ouve?


ED: [Risos.] Talvez as pessoas pensem que só ouço Black Metal, Death Metal e coisas assim. Cresci ouvindo Metallica, KISS, Diamond Head, Judas Priest, Rainbow, Deep Purple, Angel Witch e todas as bandas clássicas de heavy metal que amo até hoje. O Black Metal e o Death Metal vieram um pouco mais tarde e levaram minha alma embora. Mas escuto muito metal old school também, assim como escuto muito punk e um pouco de tudo; aquele rock de garagem dos anos 1970, o rock ‘n’ roll dos anos 1970 e por aí vai. 


Ouço muita música, sou apaixonado por música e música é a minha vida; é o que escolhi fazer e nunca restringiria meus ouvidos a um ramo pequeno. Para mim, cada música tem seu valor, mesmo o pop ou o que quer que toque no rádio. Todo tipo de música me faz pensar algo e sentir algo, mesmo que seja ódio ou desgosto. Acho que sou muito mente-aberta. Mas meu coração está bate somente pelo metal, e assim será até eu morrer.


Adquira “The Agony & Ecstasy Of Watain” no site da Shinigami Records.


Comentários