RESENHA: Skull Fist – “Paid in Full” (2022)

 


Skull Fist – “Paid in Full” (2022)

Shinigami Records – NAC. – 33min


Considerado um dos principais nomes da chamada New Wave of Traditional Heavy Metal (NWOTHM), o Skull Fist mantém a tradição de lançar disco em ano de Copa do Mundo com “Paid in Full”, seu quarto álbum de estúdio, distribuído no Brasil pela Shinigami Records. 


Sendo o line-up de hoje o mesmo de “Way of the Road” (2018) — ao membro fundador Zach Slaughter (vocais, guitarra) juntam-se o baixista Casey Slade e o baterista JJ Tartaglia —, o resultado sonoro não teria como ser diferente do já entregue pelo trio, de modo que quem é fã continuará sendo, e quem não curtiu lá atrás, não vai ser dessa vez que se tornará um adepto.  


Dito isso, em gloriosos 33 minutos, o Skull Fist promove um verdadeiro brinde à estética metálica old school; o equivalente musical à indumentária composta por tênis cano-alto, jeans apertadinhos e coletes repletos de patches (ou jaquetas de couro com rebites, a depender do clima lá fora). Os riffs são elementares, certeiros, e trazem a inevitável sensação de “já ouvi isso antes”. As letras, ginasianas para dizer o mínimo, são pregações de despojamento e não propostas de reflexão. 


Enquanto os mais velhos chamam essa abordagem retrô/alienada de “salvação” — como se o rock e o metal precisassem ser “salvos” da modernidade (...) —, os mais novos podem não entender ou aceitar o “cringe por livre escolha” a que Zach e seus comparsas se entregam. Mas uma coisa é fato: dentro do que se propõe a fazer, o trio é bom à beça. Como diz o título de uma das melhores do álbum: Vida longa ao (Skull) Fist!


Adquira o CD na loja oficial da Shinigami Records.


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