O Nighthawk acaba de lançar “Six Three O”, um trabalho que reafirma o talento e a versatilidade do guitarrista Robert Majd (Captain Black Beard, Metalite) ao lado de nomes de peso da cena sueca, como o vocalista Björn Strid (Soilwork, The Night Flight Orchestra), o tecladista John Lönnmyr (The Night Flight Orchestra), o baixista Rasmus Ehrnborn (Soilwork, The Night Flight Orchestra) e o baterista Magnus Ulfstedt (Black Paisley). Gravado no lendário Rockfield Studios, no País de Gales, o disco transita entre a energia crua do rock’n’roll e arranjos melódicos refinados, mostrando um grupo que sabe honrar as raízes do classic rock sem abrir mão de frescor e modernidade.
Nesta conversa exclusiva, Robert comenta os bastidores das gravações, a química com seus parceiros de banda, o desafio de conciliar agendas em meio a outros projetos musicais e até mesmo sua relação com o vinil. Com bom humor, o músico ainda revela sua faixa favorita do novo trabalho e dá pistas sobre os próximos passos do Nighthawk.
Por Marcelo Vieira
Foto: David Hedman / Divulgação
Antes de tudo, parabéns pelo lançamento de “Six Three O”! Como você está se sentindo agora que o álbum finalmente disponível para o mundo ouvir?
Ótimo! Estou adorando ver todas as resenhas positivas e, confesso, adoro ouvir o disco eu mesmo [Risos].
O Nighthawk gravou este novo álbum no lendário Rockfield Studios, no País de Gales. De que forma a atmosfera e a história do lugar influenciaram a performance e a criatividade da banda?
O clima foi incrível, nos divertimos muito, e espero que essa alegria transpareça nas músicas. É realmente um lugar inspirador!
De Abbey Road a Rockfield, você já trabalhou em alguns dos estúdios mais icônicos do mundo. Qual foi o momento mais memorável nessas sessões?
Não sei se consigo destacar um momento específico… só de estar nesses lugares, cheios de história, já é algo inspirador, interessante e divertido. Adoro essa experiência e espero repeti-la muitas vezes.
O lineup de Six Three O reúne alguns dos músicos mais respeitados do rock sueco. Como a química entre você, Björn Strid, John Lönnmyr, Rasmus Ehrnborn e Magnus Ulfstedt moldou o som final do disco?
Acho que temos uma química excelente! Conseguimos criar um som coeso mesmo com pouco tempo de preparação e poucos dias em estúdio. O resultado foi um álbum muito homogêneo.
Björn Strid criou o pré-refrão de “Can’t Say Goodbye” na hora. Momentos espontâneos como esse costumam entrar no resultado final?
Na verdade, eu e o Björn revisamos as demos antes de enviá-las para os outros caras, e sempre rolam ajustes e mudanças nesse processo.
Musicalmente, “Six Three O” oscila entre a energia crua do rock’n’roll e arranjos mais melódicos e refinados. Essa diversidade foi planejada desde o início ou surgiu naturalmente durante a composição?
Provavelmente surgiu quando trabalhamos no “Prowler” [álbum de 2023]. Antes disso, meu foco era quase todo na energia, mas quando fomos gravar no Abbey Road, eu realmente busquei incluir boas melodias também.
Faixas como “Home Tonight” e “Angel of Mine” se destacam por razões diferentes — uma mais emocional e grandiosa, a outra mais crua e explosiva. Você tem uma favorita pessoal no álbum?
Sim, “Angel of Mine” é a minha favorita.
Você voltou a trabalhar com o produtor Sverker Widgren. O que faz dele o produtor ideal para o Nighthawk?
Ele me faz soar bem! E isso não é algo que qualquer um consegue fazer [Risos].
O Nighthawk começou como um projeto paralelo. Em que momento você percebeu que ele havia crescido a ponto de se tornar uma das bandas de rock mais empolgantes da Suécia?
Uau, se isso for verdade, ainda não percebi [Risos].
O título do álbum chama atenção. Qual é o significado ou a inspiração por trás dele?
A inspiração veio do blueseiro Robert Nighthawk. Recomendo que todos pesquisem sobre ele e ouçam suas músicas. Ele tem uma faixa com o mesmo título, e eu decidi reutilizá-lo como uma forma de homenagem.
Os colecionadores de vinil vão adorar saber das edições limitadas em preto e verde. Você é um entusiasta do formato? Como enxerga o papel dos formatos físicos no mercado musical de hoje?
Pra ser honesto, não sei exatamente como o mercado funciona [Risos]. Espero que a gravadora saiba! O que eu sei é que adoro vinis e fiquei muito feliz de ver o álbum lançado em versões preta e verde.
Com integrantes ativos em outras bandas de sucesso, como vocês conciliam agendas e mantêm o Nighthawk como uma prioridade coesa?
Não conciliamos [Risos]. De vez em quando aparece uma brecha, e aí tentamos aproveitar e fazer acontecer!
Olhando para o processo de criação de “Six Three O”, qual foi o maior desafio que a banda enfrentou — e como conseguiram superá-lo?
Com certeza a questão da agenda [Risos]. Superamos com paciência e determinação.
O Nighthawk claramente reverencia as raízes do classic rock, mas com uma sonoridade moderna. Como você encontra esse equilíbrio sem cair na nostalgia gratuita ou perder frescor?
Eu apenas tento escrever o que gosto, sem pensar demais nesse tipo de coisa. Acho que tem funcionado… mas isso é só a minha opinião [Risos].
Agora que o álbum saiu, quais são os próximos passos? Há planos para turnê, festivais ou novos clipes no horizonte?
Vamos fazer uma festa de lançamento com a “versão ao vivo” da banda, que tem um lineup diferente, e depois começamos a planejar o próximo álbum.
Por fim, como guitarrista, o que “Six Three O” permitiu que você expressasse e que talvez não tivesse explorado em projetos anteriores?
Bom, nas outras bandas e projetos normalmente acabo tocando baixo, então aqui eu pude colocar em prática tudo o que queria expressar — dentro das minhas limitações na guitarra [Risos]. Foi muito divertido poder tocar guitarra!
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