REVIEW: Brave – “The Oracle” (2020)


Brave – “The Oracle”

Lançado em 27 de fevereiro de 2020

Anti-Posers Records – NAC. – 33min


Em mais de vinte anos de estrada pontuados por EPs, dois álbuns e dezenas de shows e participações em festivais, a imprensa especializada atribuiu ao Brave o título de “criadores do brutal power metal”. É o tipo de afirmação que requer tira-teima, ouvir para sacar do que se trata. E o que se ouve em “The Oracle”, o mais recente trabalho dos caras está longe de ser brutal, embora tampouco soe inofensivo. 


Enquanto a brutalidade fica restrita aos semiguturais que vira e mexe surgem quase que em função de contraponto, o ingrediente power se faz presente em letras que são verdadeiras odes à bravura (“Wake the Fury”), incitações à guerra (“We Fight for Odin”) e, ao descrever o pós-vida de um guerreiro viking morto em combate (“Valhalla”), promovem meio que um curso expresso de cultura nórdica. 



Musicalmente, o estilo é muito mais elementar; um heavy tradicional ancorado nos riffs certeiros de Carlos Bertolazi — não confundir com o chef de cozinha e apresentador de TV de mesmo nome — e na capacidade interpretativa do vocalista Sidney Milano, que muda de voz tal como Ragnar Lothbrok mudava de esposa. Na retaguarda, Ricardo Carbonero (baixo) e Carlos Alexgrave (bateria) fornecem a base sólida sobre a qual os 33 minutos de música rolando — sim, passam voando — se sustentam. 


Menção honrosa à capa assinada por Manoel Hellsen, que traz o amigo de todo headbanger em posição de destaque, segurando a chave para abrir as portas do open bar mais próximo. Motivo para beber? “The Oracle” ser uma grata surpresa no cenário nacional. Skol! 


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