REVIEW: Diamond Head – “Lightning to the Nations 2020” (2020)


Diamond Head – “Lightning to the Nations 2020”

Lançado em 27 de novembro de 2020

Shinigami Records – NAC. – 1h 


O ano de 1980 foi de extrema importância para o heavy metal britânico. De um lado, veteranos como Black Sabbath e Judas Priest lançando “Heaven and Hell” e “British Steel”, álbuns que foram verdadeiros divisores de águas em suas carreiras. De outro, novatos já fazendo história com seus trabalhos de estreia: Iron Maiden (“Iron Maiden”), Def Leppard (“On Through the Night”), Angel Witch (“Angel Witch”), Tygers of Pan Tang (“Wild Cat”) e Diamond Head, cujo debute, o histórico “Lightning to the Nations”, acaba de ser revisitado em virtude de seu 40º aniversário e ganhar edição nacional pela Shinigami Records. 


Da formação de antigamente, apenas o guitarrista e patrão Brian Tatler permanece a bordo. Acompanham-no o vocalista/produtor Rasmus Bom Andersen, o baixista/organista Dean Ashton, o segundo guitarrista Andrew “Abbz” Abberley e o baterista de longa data Karl Wilcox, que gravou suas partes na França; todo o restante foi feito em Londres, com supervisão e mixagem de Andersen. 



Na contramão da quase unanimidade de grupos que profanam a própria obra por razões quase sempre injustificáveis, o Diamond Head conseguiu promover verdadeiro encontro do velho com o novo por meio da roupagem século 21 empregada às sete músicas do disco original, entre elas “Am I Evil?”, “It’s Electric”, “The Prince” e “Helpless”, todas posteriormente gravadas pelo Metallica e presentes no duplo “Garage Inc.” (1998). 


Meio que para retribuir os anos de propaganda gratuita responsável por apresentar seu grupo a uma nova geração de headbangers, Tatler e cia. resolvem homenagear o Metallica regravando “No Remorse” — coisa que o Cannibal Corpse fez quase duas décadas atrás no EP “Worm Infested” (2002), curiosamente relançado no Brasil há algumas semanas —, primeiro dos quatro covers acrescidos ao repertório. Os demais são “Immigrant Song” (Led Zeppelin), “Sinner” (Judas Priest) e, o mais surpreendente de todos, “Rat Bat Blue”, um dos lados B mais legais do Deep Purple. Ouça claro e forte! 


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