RESENHA: Deep Purple – “Live at Montreux 1996” (Relançamento 2021)


Deep Purple – “Live at Montreux 1996”

Lançado originalmente em maio de 2006

Shinigami Records – NAC. – 74min (CD) / 121min (DVD)


O ex-Dixie Dregs Steve Morse tinha acabado de concluir as gravações de seu sexto álbum solo, “Structural Damage”, quando se juntou ao Deep Purple no final de 1994. Depois de meros três ensaios, o guitarrista fez sua estreia ao vivo num show na Cidade do México; primeira das dezenove datas restantes da extensa turnê de “The Battle Rages On” (1993) — o disco saideira de Ritchie Blackmore —, encerrada em março de 1995 em Pretória, África do Sul. 


De volta para casa, Ian Gillan (vocais), Roger Glover (baixo), Jon Lord (teclados), Ian Paice (bateria) e Morse começaram a preparar o álbum que, nas palavras do vocalista, traria o sorriso de volta para o rosto de quem conhecia e amava a banda. Dito e feito: lançado em 17 de fevereiro de 1996, “Purpendicular” é para muitos o último grande disco do grupo; pelo menos até a chegada do produtor Bob Ezrin em “Now What?!” (2013), inaugurando a aclamada fase atual.



A turnê que se seguiu ao lançamento de “Purpendicular” foi das mais importantes da carreira do Purple. Seu auge ocorreu em 9 de julho de 1996, quando a banda subiu ao palco do Montreux Jazz Festival pela primeira vez. Registro dessa enxuta apresentação, o ao vivo “Live at Montreux 1996” está de volta ao mercado brasileiro em um digipak duplo exclusivo CD + DVD repleto de bônus assinado pela Shinigami Records. 


Além da apresentação na íntegra, que abre de maneira explosiva com “Fireball” e inclui tanto hits — “Black Night”, “Woman from Tokyo”, “Speed King” e, obviamente, “Smoke on the Water” — quanto lados B — “No One Came” e a dobradinha “Ted the Mechanic” e “Hey Cisco” de “Purpendicular” —, o pacote traz ainda cortes selecionados do show da banda na edição de 2000 do renomado festival. No CD, os extras são “Sometimes I Feel Like Screaming” e “Fools”. No DVD, “Sixty Nine”, “Perfect Strangers”, “Lazy”, “Highway Star” e uma “When a Blind Man Cries” com mais feeling que a de 1996. 



O pacote acompanha ainda encarte com texto assinado por ninguém menos que Geoff Barton, jornalista britânico responsável por primeiro cunhar a expressão New Wave of British Heavy Metal e um dos grandes cronistas musicais de nosso tempo. Para ele, a banda que se vê e ouve “está mais forte e mais unida do que nunca”. Azar do Dixie Dregs, que jamais voltaria a ser o foco da carreira de seu mais estelar integrante.


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