RESENHA: Hellskitchen – “We Are the Hell’s Crew” (2018)


Hellskitchen – “We Are the Hell’s Crew”

Lançado em 28 de setembro de 2018

Independente – NAC. – 54min


A capa se assemelha à do álbum de estreia do Black Label Society, “Sonic Brew” (1999). Já o título “We Are the Hell’s Crew” nos faz logo pensar em Motörhead. Só que na queda de braço que se dá entre Zakk Wylde e Lemmy Kilmister quando o play é apertado é o guitarrista quem leva a melhor e pode ser logo apontado como influência mor do Hellskitchen.


O grupo vem de Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo, e é composto por Gustavo Palito (guitarra e vocais), Guilherme Patrício (guitarra), Rodrigo Eduardo (baixo) e Guilherme Azzi (bateria). Seu som é um heavy metal de timbres cascudos, com temperos de grunge e stoner rock e uma produção cujo alto nível contraria o que normalmente se espera de bandas iniciantes e underground. 



Nas letras, o quarteto põe pra fora frustrações que condizem com sua realidade e traduz sentimentos como a perda — “29112013”, com direito a um baita solo encharcado de wah-wah, é um tributo à falecida mãe de Palito — e as confusões mentais que levam a soluções definitivas para problemas temporários, vide a dobradinha “Killing Myself” e “The Only Way”


Nas derradeiras “Live and Let Live” e “We Are the Hell’s Crew” nota-se uma crueza a mais no instrumental — dá para ouvir o chiadinho dos captadores na primeira — e menos sobreposições nas vozes, desobedecendo a cartilha do rock de Seattle. Outros momentos marcantes ficam por conta de “Public Enemy” (o riff principal é uma derivação do de “Miracle Man”, de Ozzy Osbourne), “Keep Running” (pense no Alice in Chains tocando Danzig) e “Hellbound”, a favorita deste autor. 


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