Paul Di’Anno’s Battlezone – “Children of Madness”
Lançado originalmente em 1987
Classic Metal Records – NAC. – 45min
Eis aqui o álbum que contém a música mais conhecida do Battlezone. Mas “Children of Madness”, segundo trabalho do grupo encabeçado pelo vocalista Paul Di’Anno, é muito mais do que “I Don’t Wanna Know”, e quem não for desencorajado pela pegada comercial bizarra do single certamente se verá diante de um repertório tão consistente, embora mais diversificado, que o do antecessor “Fighting Back” (1986).
Mudanças na formação talvez justifiquem as no som. O guitarrista John Hurley – responsável pelo grosso de “Fighting Back” – e o baterista Bob Falck ficaram pelo caminho. Para seus lugares, foram chamados Graham Bath – recrutado junto ao Persian Risk – e Steve Hopgood, espécie de encara-todas que continuaria ao lado de Di’Anno no Killers e, posteriormente, assumiria as baquetas no Tank. Permanecem a bordo o guitarrista John Wiggins e o baixista Pete West.
Perder seu principal compositor acabou resultando numa maior pluralidade musical; dentro do que o heavy tradicional permite, é lógico. Há números mais velozes, como a abertura “Rip It Up” – a letra é uma declaração e amor e compromisso para com os fãs – e “Whispered Rage”, que é puro Iron Maiden. Há outros mais cadenciados e, por isso, mais bem-trabalhados, inclusive na escrita: em “Nuclear Breakdown”, compara-se a depressão com um ataque nuclear.
Por fim, tão bizarro quanto a música de trabalho feita sob medida para a MTV norte-americana é ouvir Di’Anno, o bad boy da NWOBHM, cantar algo como “Once in a lifetime / Love comes up behind you / It turns you around / And does things to your mind”. Vamos combinar que “It’s Love” é uma das melhores do álbum, mas essa letra... tão ruim quanto o que Steve Harris e os outros estão permitindo que aconteça com o velho Paul.
Além das dez faixas do LP original, a presente edição da Classic Metal Records inclui ainda a bonus track “To the Limit”, com direito a Hopgood roubando a cena num solo animal. No encarte, letras, fotos e o título do álbum em hot-stamping; acabamento que, vide os recentes relançamentos de “Blood Sports” (1984) e “Killer Elite” (1985) do Avenger UK, está virando padrão nos títulos do selo. Gostamos!
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