RESENHA: Killers – “Murder One” / “Menace to Society” (Relançamento 2022)

 

Killers – “Murder One” / “Menace to Society”

Lançados originalmente em 1992 / 1994

Classic Metal Records - NAC. - 1h14min / 1h18min 

Rob Halford não foi o único vocalista britânico majoritariamente associado ao metal tradicional a desbravar estilos diferentes daquele que o consagrou. Tudo bem que “Painkiller” (1990) já soava mais pesado do que tudo que o Judas Priest havia lançado até então, mas com “War of Words” (1993), disco de estreia do Fight, novos limites foram extrapolados. 

Depois de uma malfadada empreitada homônima com açucarados contornos AOR e outra, Battlezone, mais bem-sucedida flertando o hard ‘n’ heavy então em voga nos Estados Unidos, Paul Di’Anno, a voz que se ouve nos dois primeiros álbuns do Iron Maiden, resolveu unir forças com Cliff Evans, guitarrista do baluarte da NWOBHM Tank, e, mantendo Nick Burr (guitarra), Gavin Cooper (baixo) e Steve Hopgood (bateria) do Battlezone a bordo, trouxe à vida o Killers.  

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Em sua primeira encarnação (1990 a 1997), o grupo lançou apenas dois álbuns de estúdio. Tanto “Murder One” (1992) quanto “Menace to Society” (1994) estão de volta às prateleiras do Brasil com o selo Classic Metal Records, trazendo cinco bonus tracks cada e encartes recheados contendo as letras das músicas e fotos raras da banda em ação.

Dois covers constam do repertório de “Murder One”: “Children of the Revolution”, do T. Rex, e uma versão atualizada e menos charmosa de “Remember Tomorrow”, do Iron Maiden. Embora isso possa ser tomado como indício de falta de músicas próprias, a verdade é que ambos os covers se inserem de maneira adequada no contexto da estreia do Killers. O disco tem como destaques “Impaler” (forte candidata a música mais pesada já gravada por Di’Anno) e “Marshall Lokjaw”, talvez a mais conhecida dos anos pós-Maiden do vocalista.

Já “Menace to Society” possui apenas um cover na tracklist: “Faith Healer”, originalmente gravada pela The Sensational Alex Harvey Band, tem toda cara de brincadeira em estúdio que acabou dando certo e foi parar no álbum. Não obstante a capa horrorosa e uma baixa na formação — Nick Burr deixou os colegas a verem navios —, o segundo do Killers soa mais completo e, sim, mais porradeiro. Que o digam “Think Brutal”, “Chemical Imbalance” e “?”, feitas sob medida para o público headbanger que levou “Far Beyond Driven”, do Pantera, lançado no mesmo ano, ao topo das paradas estadunidenses.

Compre “Murder One” na loja oficial da Classic Metal Records.

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