RESENHA: Tokyo Blade – “Fury” (2022)


Tokyo Blade – “Fury”

Lançado em 21 de janeiro de 2022

Classic Metal Records – NAC. – 1h18min


A duração assusta: “Fury”, o novo álbum do Tokyo Blade, tem 78 minutos. Nunca antes a banda chefiada pelo solícito guitarrista Andy Boulton — o qual pude entrevistar duas vezes nos últimos seis meses — lançou trabalho tão longo ou com tantas faixas; 15 ao todo.

Contra todas as probabilidades, Boulton, Alan Marsh (vocais), John Wiggins (guitarra), Andy Wrighton (baixo) e Steve Pierce (bateria) entregam um álbum que não só faz jus ao título de ponta a outra — baladas? Esqueça! — como em momento algum deixa a peteca cair. Resumindo: nada de fillers por aqui também.



De 1979 — quando surgiu sob a alcunha de White Diamond — até hoje, o Tokyo Blade teve sete vocalistas, mas nada como o original, e Marsh, que outrora foi tirado da banda por executivos de gravadora que queriam transformá-la num Van Halen britânico, nunca soou tão seguro, cravando cada nota e assumindo diferentes personas — ora apenas questionador, ora pronto para a briga — dependendo do que mande a letra.

Outro ponto que chama a atenção em “Fury” são os solos de guitarra, nunca antes tão extensos e presentes, num desfile de técnicas que nos permite supor que Boulton quis aqui deixar seu registro definitivo, carimbar seu passaporte rumo aos imortais das seis cordas do heavy metal. Se alguém duvidava que aos 62 anos o cara ainda seria capaz de surpreender, bem... ele surpreende e muito.



E o que esperar da banda que compôs “If Heaven Is Hell”, “Lightning Strikes” e tantas outras pedradas com refrãos marcantes? “Fury” transborda nesse quesito: “Blood Red Night”, “Eyes Wired Shut” — essa um aceno aos dias de hard rock do grupo — “Heart of Darkness”, “Kill Me Till I’m Dead” — da célebre fala de “Top Gang 2! - A Missão” (1993) — e a saideira “When the Bullets Fly” são apenas alguns exemplos de músicas cujo refrão você, sem que se dê conta, logo cantarolará por aí.

Tudo isso vem embalado na melhor capa feita por Andrew Batchelor para a banda e chega ao Brasil com a qualidade Classic Metal Records em formato jewel case. Disco de heavy metal tradicional do ano? Por enquanto sim!



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